Romance picaresco
Nesse sentido, "Memórias de um Sargento de Milícias" se filia à tradição do romance picaresco, que se origina na Espanha, com a publicação de "Lazarillo de Tormes", de 1554. A expressão "pícaro" refere-se "àqueles que vivem de astúcias, ardis, trapaças" e, nesse sentido, deu origem a um dos sentidos da palavra "picareta", muito usada ainda hoje. O pícaro ou picareta se vale desses expedientes para garantir sua sobrevivência e tem, com toda certeza, uma visão cínica da realidade que o cerca.
É precisamente o caso de Leonardo, enjeitado pelos pais pouco depois do nascimento, criado pelo padrinho e, depois, pela madrinha, ele logo dá mostras de seu verdadeiro caráter. O romance narra suas aventuras e desventuras na "baixa sociedade" fluminense, até que ele é preso pelo Major Vidigal - um personagem que existiu mesmo: Miguel Nunes Vidigal, chefe da Guarda Real, criada pelo rei em 1809, para policiar o Rio de Janeiro.
Jeitinho brasileiro
O Vidigal é o símbolo da repressão arbitrária e socialmente injusta, temida por todos aqueles que - tenham ou não problemas com a lei - são pobres e não dispõem de recursos, nem contam com a amizade de algum poderoso que eventualmente possa ampará-los num momento de necessidade.
Enfim, o que não falta são reviravoltas à narrativa de "Memórias de um Sargento de Milícias" e, graças a intervenção da madrinha de Leonardo e de uma amiga sua - ex-amante do major Vidigal - o anti-herói acaba por ingressar na milícia e ser promovido ao cargo de sargento a que se refere o título.
(análises literárias, conhecimentos da língua portuguesa,história da língua portuguesa história, e curiosidades)
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terça-feira, 23 de agosto de 2011
memórias de um sargento de milícias
Memórias de um Sargento de Milícias", de Manuel Antônio de Almeida, foi lançado originalmente sob a forma de folhetim, em "A Pacotilha" - o suplemento literário do jornal "Correio Mercantil", do Rio de Janeiro, entre 27 de junho de 1852 e 31 de julho de 1853. Só nos dois anos seguintes se transformaria num livro, publicado em dois volumes. Divertido, o romance mostra a vida da "baixa sociedade" no Rio antigo.
Esse romance merece destaque e ocupa um lugar ímpar na história da literatura brasileira, na medida em que se distancia muito dos modelos românticos que prevaleciam na época de sua publicação: a visão de mundo que ele expressa não é marcada por traços idealizados e sentimentalistas. Ao contrário, o autor se vale de um estilo objetivo e realista, semelhante ao das crônicas históricas e de costumes.
Isso pode ser visto desde as primeiras linhas do texto, onde o jovem Manuel Antônio, que tinha 21 anos ao escrevê-lo, faz questão de deixar claros a data ("Era no tempo do rei." - no caso, dom João 6o) e o local ("Uma das quatro esquinas que formam as Ruas do Ouvidor e da Quitanda [...]" - no centro do Rio de Janeiro) onde sua história vai se desenrolar.
Esse romance merece destaque e ocupa um lugar ímpar na história da literatura brasileira, na medida em que se distancia muito dos modelos românticos que prevaleciam na época de sua publicação: a visão de mundo que ele expressa não é marcada por traços idealizados e sentimentalistas. Ao contrário, o autor se vale de um estilo objetivo e realista, semelhante ao das crônicas históricas e de costumes.
Isso pode ser visto desde as primeiras linhas do texto, onde o jovem Manuel Antônio, que tinha 21 anos ao escrevê-lo, faz questão de deixar claros a data ("Era no tempo do rei." - no caso, dom João 6o) e o local ("Uma das quatro esquinas que formam as Ruas do Ouvidor e da Quitanda [...]" - no centro do Rio de Janeiro) onde sua história vai se desenrolar.
Personagens do livro Memórias de um Sargento de Milícias
Há ainda, o toma-largura, sua esposa, Maria Regalada, as viúvas...
2ª parte do livro Memórias de um Sargento de Milícias
Leonardo Pataca, pai de Leonardinho, tem uma filha com Chiquinha e a Comadre responsabiliza-se em fazer o parto. A menina será tranquila e risonha, o avesso do irmão.
A Comadre, como excelente fuxiqueira que é, leva ao conhecimento de D. Maria histórias que se contam sobre uma determinada ocorrência policial bastante comentada naquele tempo. Diz que ficou sabendo que José Manuel havia sido responsável pelo roubo de uma jovem e de uma bolsa com dinheiro. Facilitam-se os planos feitos por ela, o Compadre e o afilhado, tendo em vista que José Manuel se desvaloriza demais perante Dona Maria, que é uma mulher honesta e não suporta falta de caráter.
José Manuel não desiste de Luisinha, apesar dos pesares. Deseja saber quem o intrigou com D. Maria.
O Mestre de Rezas é cego e tem fama de ser um bom arranjador de casamentos. Ajuda José Manuel a se aproximar de Luisinha e procura descobrir quem falara mal do rapaz para D. Maria.
Com a morte do padrinho, Leonardinho torna-se seu único herdeiro. Leonardo Pataca sabe disso, por intermédio da Comadre, e prontifica-se a tomar conta do filho, por puro interesse. O rapaz não consegue esquecer o pontapé que o pai, um dia, lhe dera. Não o agrada viver com um homem que vira tão poucas vezes. Sem opção, porém, acaba indo morar com o pai, Chiquinha e a irmãzinha.
Apesar de ter herdado "um bom par de mil cruzados", Leonardinho acaba escurraçado da casa do pai, que o persegue com um espadim em punho, em mais um dia de brigas entre o moço e Chiquinha, a mulher do pai. Tudo acontece porque Leonardinho não vê Luisinha na casa de D. Maria, quando vai até lá; e, por esse motivo, irrita-se.
Leonardinho conhece Vidinha, mulata que gosta de tocar viola e cantar suas modinhas, quando reencontra um ex-sacristão seu amigo, que o chama para fazer companhia a ele e ao bando de amigos que o segue naquela ocasião. Agrada-o ouvir Vidinha, com seus dentes brancos e os lábios umedecidos, cantar entre eles. Tomás da Sé leva-o para a casa na qual também vive Vidinha - e Leonardinho ali permanece, ligando-se à moça.
As viúvas e seus filhos vivem na mesma casa. Leonardinho passa a conviver com a família. Vidinha é uma das três moças que lá moram. Além delas, existem três rapazes. Os moços são funcionários da estrada de ferro. A idade dos jovens todos está por volta dos vinte anos.
José Manuel procura desfazer a má impressão que as intrigas haviam deixado em D. Maria a respeito dele. A madrinha procura o afilhado, sem conseguir encontrá-lo em lugar algum. Quando vai até a casa de D. Maria, leva uma reprimenda por tudo o que dissera a respeito de José Manuel, já que o pretendente de Luisinha conseguira livrar-se das acusações, auxiliado pelo Mestre de Rezas. A Comadre pede desculpas a D. Maria, já que não tem meios de ajudar Leonardinho naquele momento.
Vidinha é o pomo da discórdia em sua casa, pois desperta o interesse do primo e também o de Leonardinho. Acontece uma briga e o rapaz deseja partir. As viúvas e Vidinha estão a favor dele. É convencido a permanecer com a família. A Comadre consegue achá-lo logo após a briga.
A Comadre e as viúvas conversam. Leonardinho fica. Quando está em um piquenique, divertindo-se, acaba prisioneiro do Major Vidigal, por vadiagem.
José Manuel ganha uma das demandas para D. Maria e, desta forma, consegue o "sim" da velha senhora ao seu pedido de casamento. Luisinha está bastante acabrunhada com o desaparecimento de Leonardinho, que não mais a procurara. Sem qualquer entusiasmo, aceita casar-se. O noivo vive a fazer os cálculos de quanto irá lucrar com o enlace. Casam-se os noivos e é feita uma grande festa.
O Major Vidigal acaba desmoralizado, pois Leonardinho serve-se de uma agitação que ocorria na rua por onde passava aprisionado e foge. Volta para a casa da mulata Vidinha. Como jamais nenhum safado lhe escapara e por não estar acostumado com falta de respeito, Vidigal irrita-se como nunca e procura-o incansavelmente, em companhia dos granadeiros.
Encontrar o fujão é uma questão de honra para o Major. Quer se vingar, pois não aceita ter sido alvo de chacotas. A Comadre, por sua vez, implora a Vidigal pelo afilhado, sem saber que ele já não está mais na prisão. Chega a chorar, ficando de joelhos, mas riem de sua atitude.
Sabendo que o afilhado está em liberdade e desejando salvá-lo da ira do Major Vidigal, a Comadre vai até a casa ds viúvas, passa uma descompostura em Leonardinho e exige que ele comece a trabalhar. Consegue-lhe um emprego na despensa ou ucharia real, local em que estão depositados mantimentos.
Para Vidigal, essa é uma notícia ruim, pois seu perseguido deixa de ser um vadio, não havendo mais motivo para prendê-lo. Leonardinho, porém, não toma jeito. Rouba provisões da ucharia, levando-as para Vidinha. Envolve-se com a mulher de um dos empregados do Paço Real - o toma-largura -, visitando-lhe a mulher, na ausência deste, pois a moça é bela e desperta-lhe o interesse. O toma-largura acaba encontrando o maroto tomando um caldo com sua mulher e, desconfiado, persegue-o. Leonardinho acaba na rua, sem emprego.
Vidinha, que já andava abandonada pelo moço, acaba sabendo do que acontecera, pois as notícias correm de boca em boca. Movida pelo ciúme e pela raiva, toma satisfações com a mulher do toma-largura e aproveita para fazer desfeita para o pobre coitado. Leonardinho, que seguira a jovem até a ucharia, termina em poder de Vidigal.
O toma-largura e a mulher não reagem ante os desacatos de Vidinha. O homem, ao contrário, interessa-se por ela e procura saber onde mora, depois que ela se vai. Quer conquistá-la, ter uma aventura e vingar-se daquele que o ultrajara.
Ninguém consegue encontrar Leonardinho, que está devidamente oculto por Vidigal. Procuram-no, mas é em vão. Nem na Casa da Guarda pode ser encontrado. A família de Vidinha chega à conclusão de que ele não deseja que o encontrem. Tirada essa conclusão, todos passam a detestá-lo. A Comadre é outra que perde seu tempo inutilmente, pois não consegue achar o afilhado.
Somente quando o Major Vidigal surge em uma reunião festiva, em que o toma-largura se excede após beber demais, em companhia dos familiares de Vidinha, é que o desaparecimento de Leonardinho se esclarece. Em realidade, Vidigal fizera-o granadeiro e seu auxiliar, a fim de aproveitar-lhe a sabedoria em malandragem. Como o toma-largura ficasse rondando a casa de Vidinha, a família dela terminou por convidá-lo para participar de uma "patuscada em Cajueiros", que foi exatamente onde o granadeiro Leonardo deu-lhe ordem de prisão.
Leonardinho, granadeiro do Regimento Novo por ordem de Vidigal, sentara praça assim que saíra da prisão. O Major vê que não se enganara com relação ao moço, pois este se mostra competente em suas funções. No entanto, continua a fazer suas peraltices, o que não lhe permite cumprir completamente com as funções que lhe haviam sido atribuídas.
Em casa de Leonardo Pataca acontece uma comemoração. Teotônio - jogador, tocador e cantor - está presente, entoando suas melodias. Entretanto, ele irrita o Major Vidigal, ao lhe imitar os trejeitos na presença de todos, despertando-lhes o riso. Vidigal inconforma-se com a brincadeira e dá ordens a Leonardinho, para que aprisione o outro. O granadeiro segue até a casa do pai, para cumprir as ordens recebidas. É acolhido com simpatia e gosta de Teotônio, o que o leva a revelar-lhe a missão que lhe haviam destinado. Ele e Teotônio, então, resolvem tapear o Major Vidigal e, para tanto, traçam um plano adequado.
Um amigo desmascara Leonardinho diante de Vidigal, ao cumprimentá-lo pela façanha que tramara com Teotônio. O Major percebe-se enganado e mais uma vez prende o maroto. A madrinha consegue libertá-lo, ao descobrir uma antiga namorada do Major, por meio de D. Maria. José Manuel revela seu verdadeiro caráter, quando chega ao fim a lua de mel.
Auxiliadas por Maria Regalada, a Comadre e a tia de Luisinha tentam libertar o moço. Regalada e a Comadre procuram obter um relaxamento de prisão para ele. O Major não quer ceder, porém a ex-namorada segreda-lhe, ao ouvido, algo que o faz mudar de ideia, soltar o moço e ainda ajudá-lo no que é possível.
Concluem-se os fatos iniciados no capítulo anterior.
O sargento Leonardo e Luisinha reencontram-se durante o velório de José Manuel, que falecera devido a um ataque do coração, causado por uma demanda que D. Maria havia movido contra ele. Ao rever a moça, Leonardo admira-a e é correspondido nisto.
O namoro de ambos é retomado, assim que termina o luto da jovem pelo falecido. Como o granadeiro não pode se casar, por ser um sargento de linha, o casal recorre ao Major, pedindo sua intervenção. Vidigal vive com Maria Regalada, que cumprira o que lhe prometera, para que libertasse Leonardinho anteriormente. É ela, mais uma vez, quem interfere e convence o Major a passar Leonardo de granadeiro a Sargento de Milícias, a fim de que possa se casar com Luisinha.
De posse da herança que o padrinho lhe deixara e que o pai, Leonardo Pataca, acabara por devolver-lhe, o moço desposa Luisinha finalmente. Fecha-se o romance, noticiando-se a morte de D. Maria e a de Leonardo Pataca, além de vários acontecimentos tristes, que o narrador diz preferir poupar o leitor de conhecer.
Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça embarcam para o Brasil. Entre pisadelas e beliscões os dois jovens portugueses enamoram-se, envolvem-se e, meses mais tarde, nasce Leonardinho, o protagonista do romance. É, estranhamente, um menino gordo e grande, apesar de ter nascido tão cedo. A parteira e o barbeiro são seus padrinhos de batismo.
O padrinho protege Leonardo. A madrinha cobra energia do barbeiro. Acha que Leonardo precisa ser castigado, já que é levado demais. O padrinho quer o afilhado padre, pois anda apreensivo com o futuro do pequeno.
Apaixonado por uma cigana que não o quer, Leonardo Pataca acaba preso, por recorrer a bruxarias, a fim de conquistá-la. Quem o prende é o Major Vidigal.
O narrador fala de Vidigal, um homem temido e influente, apesar de parecer mole e lento. Ele é cruel com os que não trabalham e não tem piedade dos criminosos. Todos os que participavam da cerimônia de feitiçaria com Leonardo são chicoteados, para que dancem, até que não mais aguentem. Leonardo Pataca acaba na cadeia.
A comadre consegue libertar Leonardo Pataca. Leonardinho dorme em um acampamento cigano depois de seguir a procissão.
Fala da comadre, de seus momentos de esperteza e dos de inocência, da profissão de parteira, de suas benzedeiras, cochichos e rezas.
A Comadre pedira a um tenente-coronel seu conhecido que conseguisse do rei algum benefício para Leonardo Pataca.
Conta-se a história do padrinho, que se apossou das economias de um capitão, às portas da morte, ao invés de entregá-las à filha do falecido, conforme prometera. O dinheiro proporciona-lhe uma vida boa e confortável.
Leonardo fora libertado, porque o tenente-coronel tinha um filho que seduzira Maria da Hortaliça em Portugal, deflorando-a e abandonando-a, em tempos passados, e ajudar Pataca foi uma forma de pagar pelo mal cometido pelo filho.
Leonardinho não tem vocação para padre e é lerdo para aprender. O padrinho preocupa-se por ele. A vizinha briga com o petiz, que a imita. O padrinho, que já discutira com ela, por causa da desavença com o pequeno, diverte-se com a imitação feita.
Na escola, Leonardinho é punido constantemente com a palmatória, pois só faz travessuras. Termina abandonando os estudos, depois de muito fugir da escola.
Leonardinho fica amigo de um garoto que é coroinha e diz ao padrinho que também gostaria de servir na Igreja, como o outro. Em verdade, por ser malandro demais e não gostar dos estudos, o menino pretende encontrar um meio de fazer mais peraltices. Como o barbeiro tem vontade que o pequeno siga a carreira sacerdotal, imagina que será bom que ele comece a conviver no meio eclesiástico. Sabe que, apesar de tê-lo feito frequentar a escola novamente, o afilhado não se empenha e vive fugindo das aulas.
Os meninos, que se tornaram amigos em uma das fugas de Leonardinho, vingam-se da vizinha com a qual o padrinho brigara, jogando fumaça de insenso em seu rosto e também lhe entornando um pouco de cera na mantilha que estava usando.
A cigana com a qual Leonardo Pataca se havia envolvido é amante de um padre que exerce a função de mestre de cerimônias da Igreja da Sé. Ele deverá proferir o sermão, por ocasião de uma festa que ocorrerá na igreja em questão. Um capuchinho italiano toma-lhe o lugar no púlpito, quando o padre se atrasa para a cerimônia. Em realidade, o grande responsável pelo problema é Leonardinho, que lhe informa o horário do acontecimento com uma hora de diferença do que deveria ser. Acaba sendo mandado embora, pelo que fez.
Chico-Juca é contratado para comparecer a uma reunião festiva que ocorrerá na casa da cigana da qual Pataca gosta. É a forma que o pai de Leonardinho arranja para se vingar dela e do padre com o qual se envolvera. Não satisfeito com o que já programara, Pataca complementa sua vingança, avisando o Major Vidigal do que está ocorrendo. O padre vai parar na cadeia, para a satisfação de Leonardo.
As coisas encaminham-se muito mal para o padre flagrado pelo Major. Arrependido e humilhado, ele toma a decisão de deixar a amante cigana. Mesmo desagradando a comadre, que tanto o ajudara, Leonardo Pataca retoma o relacionamento com a traidora e é recriminado por sua atitude. Chocada, a comadre o repreende.
A gorda D. Maria simpatiza com Leonardinho. Ela aprecia demais as demandas ou ações judiciais. Quando acontece a procissão recebe o Compadre em sua casa, além do afilhado. Também estão lá a Comadre e a vizinha, que tem a saia pisada pelo pequeno peralta, enquanto todos falam a respeito das traquinagens que ele faz o tempo todo. Leonardinho rasga a saia da mulher e continua a centralizar o assunto da conversa, já que trocam ideias sobre seu futuro. Para a velha senhora dona da casa, em toda a sua bondade e amor pelos menos afortunados, o menino deve-se tornar um "procurador de causas", pois seria o melhor para ele.
Mais velho, Leonardo Pataca junta-se a Chiquinha, filha da Comadre, com quem acabará tendo uma filha. Quanto a Leonardinho, torna-se, segundo o narrador, um "vadio-mestre", um "vadio-tipo". Vão por água abaixo os planos feitos para ele pelo compadre, pois não se torna padre. Tão pouco segue os desejos da Comadre ou de Dona Maria. Sem trabalho, sem preocupações, leva a vida aventureira que lhe é tremendamente agradável.
Faz visitas a D. Maria, acompanhando o padrinho. A velha senhora vencera mais uma de suas demandas, tornando-se tutora de uma sobrinha órfã chamada Luisinha. A moça veio da roça e é uma pessoa desengonçada, alta e magricela. Sua herança havia sido de mil cruzados. Leonardinho tem dificuldade em controlar o riso quando a conhece, em um longo vestido de chita roxa, muito deselegante. E sempre se ri, quando se lembra dela. E sempre se lembra dela.
Leonardinho e Luisinha aproximam-se gradativamente e o amor entre eles começa a brotar.
Depois que acontece a Festa do Divino, o casal torna-se mais unido e íntimo, fortalecendo os sentimentos que nutrem um pelo outro.
Visitando D. Maria, padrinho e afilhado veem-se diante do Sr. José Manuel, um velhaco de primeira, que adula a velha para conseguir chegar até Luisinha. Suas pretensões visam à herança que a moça deverá receber com a morte de D. Maria, já que será a única beneficiária da tutora.
A Comadre une-se ao Compadre, a fim de traçarem seus planos para desarmar a tramoia de José Manuel e auxiliar o afilhado.
Leonardinho já se apercebeu das intenções de José Manuel e sente vontade de cortar-lhe o pescoço com uma navalha do Compadre. Seu padrinho, entretanto, aconselha-o e procura acalmar-lhe os ciúmes. O rapaz, muito desajeitado, consegue se declarar a Luisinha, após idas e vindas bastante cômicas, tremores e dúvidas, risos nervosos e um extremo desgaste.
Análise do livro Memórias de um Sargento de Milícias
Contraste entre posturas moralizantes e atitudes que vão contra os preceitos morais.
Retrata o grupo dos portugueses que povoam o Rio de Janeiro da época, com seus costumes e peculiaridades.
Traz, em sua essência, traços carnavalizados, como o contraste entre as propostas de seriedade e ordem e os momentos de completa desorganização. Enquadram-se, ainda, como componentes dos referidos traços, a forte presença do humor na obra. O caricatural, o que faz rir, a ironia, misturam-se em um conjunto que retrata o ridículo de diversas situações retratadas.
Temos uma obra ainda romântica, porém com certo caráter picaresco, herança espanhola que traz à tona uma visão divertida de determinada época.
Não há o predomínio da linearidade na obra, pois acontecem digressões e a quebra do enredo interrompe comentários, explicações.
Várias tramas desenvolvem-se ao mesmo tempo, sendo Leonardo, o personagem central, responsável por atá-las tornando-se o elo entre elas, o que permite que a obra seja denominada também de novela.
Uso da linguagem conotativa ou figurada.
No final, a vida de Leonardo organiza-se, tudo se encaixa satisfatoriamente, mostrando-nos mais claramente a presença do Romantismo no texto.
Aparecem diversas explicações sobre a obra na própria obra, o que demonstra o uso da metalinguagem pelo autor.
O foco narrativo é em terceira pessoa, com um narrador onisciente, que interfere no texto, faz observações e busca contato com o leitor (tentativa de diálogo). Existe dinamismo e ação em todo o decorrer da história.
Ao final da obra, o que impera é a ordem sobre a desordem, fechando-se o processo de carnavalização.
Forma-se, no todo, um grande painel do Rio de Janeiro na época enfocada. A crítica social pode ser sentida no desenvolvimento da trama.
Leonardo foi o precursor de Macunaíma, o qual só surgiria no Modernismo.
Retrata o grupo dos portugueses que povoam o Rio de Janeiro da época, com seus costumes e peculiaridades.
Traz, em sua essência, traços carnavalizados, como o contraste entre as propostas de seriedade e ordem e os momentos de completa desorganização. Enquadram-se, ainda, como componentes dos referidos traços, a forte presença do humor na obra. O caricatural, o que faz rir, a ironia, misturam-se em um conjunto que retrata o ridículo de diversas situações retratadas.
Temos uma obra ainda romântica, porém com certo caráter picaresco, herança espanhola que traz à tona uma visão divertida de determinada época.
Não há o predomínio da linearidade na obra, pois acontecem digressões e a quebra do enredo interrompe comentários, explicações.
Várias tramas desenvolvem-se ao mesmo tempo, sendo Leonardo, o personagem central, responsável por atá-las tornando-se o elo entre elas, o que permite que a obra seja denominada também de novela.
Uso da linguagem conotativa ou figurada.
No final, a vida de Leonardo organiza-se, tudo se encaixa satisfatoriamente, mostrando-nos mais claramente a presença do Romantismo no texto.
Aparecem diversas explicações sobre a obra na própria obra, o que demonstra o uso da metalinguagem pelo autor.
O foco narrativo é em terceira pessoa, com um narrador onisciente, que interfere no texto, faz observações e busca contato com o leitor (tentativa de diálogo). Existe dinamismo e ação em todo o decorrer da história.
Ao final da obra, o que impera é a ordem sobre a desordem, fechando-se o processo de carnavalização.
Forma-se, no todo, um grande painel do Rio de Janeiro na época enfocada. A crítica social pode ser sentida no desenvolvimento da trama.
Leonardo foi o precursor de Macunaíma, o qual só surgiria no Modernismo.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Memórias de Um sargento de milícias ( Manuel Antônio de Almeida)
U romântico independente.
De origem humilde, Manuel Antônio de Almeida nasceu em 1831, ano da abdicação de D. Pedro primeiro, data em que também nascia o poeta Alvares de Azevedo. Apesar das dificuldades financeiras, Manuel Antônio conseguiu formar-se em medicina, mas nunca clinicou. Dedicou-se sempre às artes, tanto ao desenho quanto à literatura.
Para se manter nos estudos, traduzia folhetins franceses, escrevia crônicas de seu único romance. Em 1858, Manuel Antônio foi nomeado diretor da Tipografia Nacional, ocasião em que teve oportunidade de auxiliar o então tipógrafo Joaquim Maria Machado de Assis, mais pobre e desvalido do que ele .
Manuel Antônio morreu em 1861, aos 30 anos, num naufrágio na Baía de Guanabara, quando fazia campanha a deputado
De origem humilde, Manuel Antônio de Almeida nasceu em 1831, ano da abdicação de D. Pedro primeiro, data em que também nascia o poeta Alvares de Azevedo. Apesar das dificuldades financeiras, Manuel Antônio conseguiu formar-se em medicina, mas nunca clinicou. Dedicou-se sempre às artes, tanto ao desenho quanto à literatura.
Para se manter nos estudos, traduzia folhetins franceses, escrevia crônicas de seu único romance. Em 1858, Manuel Antônio foi nomeado diretor da Tipografia Nacional, ocasião em que teve oportunidade de auxiliar o então tipógrafo Joaquim Maria Machado de Assis, mais pobre e desvalido do que ele .
Manuel Antônio morreu em 1861, aos 30 anos, num naufrágio na Baía de Guanabara, quando fazia campanha a deputado
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
A moral no antigo Egito....
Concebe-se a moral como uma via de acesso ao religioso, no caso do antigo Egito encontramos o processo inverso: a religião é tão forte e tão desenvolvida, que dela se desprende uma moral naturale vital que, em nenhum momento , separa as atitudes humanas da justiça divina.
A moral no Egito configura todo um estilo de vida; é o esqueleto e o sangue do esquema civilizatório.
Influencia os mais insignificantes aspectos cotidianos até elevar-lhes aos Grandes mistérios.
Boa parte dos ensinamentos morais foi recopilada, através das diferentes Dinastias, em obras de valor ético e literário ao mesmo tempo. Em frases de belea, se conservam conselhos e recomendações que faraós e vizires, sábios, em geral, deixaram a seus filhos ou sucessores dos seus cargos, a fim de que desempenhassem suas funções públicas ou privadas e humanas com honradez. Porém, essas máximas se aplicam a todo tipo de homens, sobretudo se recordamos a fluidez do sistema piramidal e o exemplo educativo que os funcionários deviam oferecer constantemente ao povo em geral.
À V Dinastia pertencem duas obras de valor imperecível: a Sabedoria, do vizir ptahotep, e O ensinamento de Kagemni, de outro vizir da mesma época.
Outras obras de relevância moral provém também do Antigo império, como as atribuídasa imnhotep (Chanceler do Faraó Zozer) , ao príncipe Hordjedef ( filho de Keops). Também se conservam máximas de Amenemhet ( do Médio Inpério), estas últimas em vários papiros, rolos de pergaminho, tabuletas de madeira e fragmentos de cerâmicas....
A moral no Egito configura todo um estilo de vida; é o esqueleto e o sangue do esquema civilizatório.
Influencia os mais insignificantes aspectos cotidianos até elevar-lhes aos Grandes mistérios.
Boa parte dos ensinamentos morais foi recopilada, através das diferentes Dinastias, em obras de valor ético e literário ao mesmo tempo. Em frases de belea, se conservam conselhos e recomendações que faraós e vizires, sábios, em geral, deixaram a seus filhos ou sucessores dos seus cargos, a fim de que desempenhassem suas funções públicas ou privadas e humanas com honradez. Porém, essas máximas se aplicam a todo tipo de homens, sobretudo se recordamos a fluidez do sistema piramidal e o exemplo educativo que os funcionários deviam oferecer constantemente ao povo em geral.
À V Dinastia pertencem duas obras de valor imperecível: a Sabedoria, do vizir ptahotep, e O ensinamento de Kagemni, de outro vizir da mesma época.
Outras obras de relevância moral provém também do Antigo império, como as atribuídasa imnhotep (Chanceler do Faraó Zozer) , ao príncipe Hordjedef ( filho de Keops). Também se conservam máximas de Amenemhet ( do Médio Inpério), estas últimas em vários papiros, rolos de pergaminho, tabuletas de madeira e fragmentos de cerâmicas....
terça-feira, 9 de agosto de 2011
frases filosóficas
Assim como a chuva não penetra na casa bem coberta, da mesma maneira as paixões não dominam aquele cuja mente é reflexiva e está exercitada.
Aqueles que aceitam o erro pela verdade, e vêem na verdade o erro, alimentam-se com falsos pensamentos e nunca experimentam a verdade. Assim como a chuva penetra na casa mal coberta, da mesma maneira as paixões não dominam aquele cuja mente é indolente...
Na realidade o ódio não cessa com o ódio, o ódio cessa com o amor, esta é uma lei antiga...
Se um homem fala ou atua como uma mente pura, a felicidade o segue como a sua sombra inseparável..
Buda
As 4 nobres verdades de buda.
A primeira refere-se a dor, toda a vida produz dor; pois a essência do ser, se não descende a matéria, não é afetada por nada.
Segunda- a causa da dor, o homem confunde a realidade com a ilusão e esforça-se em possuir e conservar objetos que estão destinados a extinguirem-se A dor provém do direcionamento das nossas energias para um mundo sempre mutável, onde nada perdura, onde tudo se desvanece, exceto, talvez, nós mesmos, que contemplamos mundos de angústia o tempo desvaiando-se
Terceira- a cessação da dor, canalizada para nosso eu superior, a dor cessa, quanto mais desejamos algo, maist trabalhamos em busca de uma recompensa, mais karma obriga-nos a voltar e começar novamente, até que compreendamos como parar essa roda pela reta ação, pelo total desapego, pelo ajuste perfeito com a lei.
Quarta nobre verdade- sobre o caminho que conduz a cessação da dor e está formado por:
Retas opiniões
Retas intenções
Retas palavras
Reta conduta
Retos meios de vida
Reto esforço
Reta atenção
Reta concentração.
A primeira refere-se a dor, toda a vida produz dor; pois a essência do ser, se não descende a matéria, não é afetada por nada.
Segunda- a causa da dor, o homem confunde a realidade com a ilusão e esforça-se em possuir e conservar objetos que estão destinados a extinguirem-se A dor provém do direcionamento das nossas energias para um mundo sempre mutável, onde nada perdura, onde tudo se desvanece, exceto, talvez, nós mesmos, que contemplamos mundos de angústia o tempo desvaiando-se
Terceira- a cessação da dor, canalizada para nosso eu superior, a dor cessa, quanto mais desejamos algo, maist trabalhamos em busca de uma recompensa, mais karma obriga-nos a voltar e começar novamente, até que compreendamos como parar essa roda pela reta ação, pelo total desapego, pelo ajuste perfeito com a lei.
Quarta nobre verdade- sobre o caminho que conduz a cessação da dor e está formado por:
Retas opiniões
Retas intenções
Retas palavras
Reta conduta
Retos meios de vida
Reto esforço
Reta atenção
Reta concentração.
Buda
Ele jamais compilou ou escreveu seus ensinamentos, Isto foi tarefa que seus discípulos realizaram, aproximadamente 400 anos após a morte do mestre, que ocorreu no ano de 543, a.c Os ensinamentos budistas estão contidos no Canôn Pali, que recebe o nome de Tripitaka, ( três cestas).
Sutta- Pitaka- Livro do ensinamento.
Vinaya Pitaka- Livro dos preceitos morais.
Abhidhamma- pitaka- Livro da psicologia e filosofia.
Sutta- Pitaka- Livro do ensinamento.
Vinaya Pitaka- Livro dos preceitos morais.
Abhidhamma- pitaka- Livro da psicologia e filosofia.
Buda
Um dos laços que mais dificultam a libertação do homem é seu sentido de separatividade, é acreditar-se isolado e independente e não se sentir como parte de um todo harmônico. Logicamente, quem se conforma com a sua parte não aspira converter-se no todo, a chegar a nivana.
Portanto, convém esclarecer o falso conceito que se atribui ao budismo: se buda fala do não eu, não se refere a uma eliminação do ser, nem é o reflexo de um cepticismo fatal. Pelo contrário, busca a eliminação da dor, a superação do eu pessoal, do quaternário que restringe, indubitavelmente, as potencialidades da alma.
Buda percebeu-se que existe um caminho que conduz as 4 nobres verdades, o nobre octuplo caminho.
Portanto, convém esclarecer o falso conceito que se atribui ao budismo: se buda fala do não eu, não se refere a uma eliminação do ser, nem é o reflexo de um cepticismo fatal. Pelo contrário, busca a eliminação da dor, a superação do eu pessoal, do quaternário que restringe, indubitavelmente, as potencialidades da alma.
Buda percebeu-se que existe um caminho que conduz as 4 nobres verdades, o nobre octuplo caminho.
Buda
haver superado a razão é superar amplamente a etapa humana, a filosofia concebe ao nirvana como o "nada", como um vazio, mas o nirvana representa somente o fim de nossa personalidade enquanto existência, o fim da matéria, dos processos formais e concretos, para elevar a região de algumas vezes vieram as almas humanas..
Buda
para Buda a velhice, a doença e a morte são terríveis pragas que jamais podemos escapar, e pensou como é possível desfrutar de alegria, quando em torno de nós há seres que envelhecem, adoecem, ou morrem?
Buda era rico e ao ver tanto sofrimento das pessoas e misérias abandonou a casa real e entregou-se plenamente a vida à vida de anacoreta para ver se, mediante austeridades, conseguia apagar a sombar que o perseguia. Lembrando que ele fez isso depois de ter deparado com um ancião enfermo e um defunto ao passear pelos floridos jardins reais Buda se expôs a sacrifícios corporais, e apenas a inesperada ajuda de uma filha de umn pastor ali que lhe deu alimentos, só o caminho do meio concorda com o caminho da lei.
Fortalecido pela àrvore bodhi, a árvore da sabedoria, recebeu a iluminação que o libertou para sempre dos laços do nascimento, da velhice, da enfermidade, e da morte....
Buda era rico e ao ver tanto sofrimento das pessoas e misérias abandonou a casa real e entregou-se plenamente a vida à vida de anacoreta para ver se, mediante austeridades, conseguia apagar a sombar que o perseguia. Lembrando que ele fez isso depois de ter deparado com um ancião enfermo e um defunto ao passear pelos floridos jardins reais Buda se expôs a sacrifícios corporais, e apenas a inesperada ajuda de uma filha de umn pastor ali que lhe deu alimentos, só o caminho do meio concorda com o caminho da lei.
Fortalecido pela àrvore bodhi, a árvore da sabedoria, recebeu a iluminação que o libertou para sempre dos laços do nascimento, da velhice, da enfermidade, e da morte....
Buda
Hoje infelizmente, relaciona-se Buddha com uma estátua de culto ou mesmo com um mito distante na história. Outras vezes se considera o budismo como uma antiga doutrina unicamente compreensível para mentes de outras épocas. Entretanto , uma investigação mais profunda nos mostara que a base do ensinamento de Buda é a eliminição da dor, e a dor não é velha nem nova, é um mal que sempre agrediu o homem. Essa moléstia comum é que nos assemelha com aquelas pessoas que seguiram as palavras do iluminado.
domingo, 7 de agosto de 2011
ÉTICA
ÉTICA É TEÓRICO, O ELEVADO, DIGNO SOMENTE DOS GRANDES LIVROS, ENQUANTO QUE MORAL É O PRÁTICO E DIRETO, DIGNO DO HOMEM DE AÇÃO, CLARO QUE ESQUECEMOS DE ALGO IMPORTANTE: TANTOS OS GREGOS COMO OS SEUS SUCESSORES NA HISTÓRIA- OS ROMANOS- ERAM HOMENS DE PROFUNDAS IDÉIAS E CONVICÇÕES RELIGIOSAS. TANTO UNS COMO OS OUTROS, SEJA POR VIA DA RAZÃO OU DA AÇÃO, DA FÉ OU DA NATUREZA, BUSCAVAM UNIREM-SE, COMPREENDER, ENCONTRAR OS SEUS DEUSES, ESSES DEUSES QUE PERMANECIAM NOS CUMES, COMO QUE A ENCORAJAR A ELEVAÇÃO DOS HOMENS.
ASSIM, POIS, SE A IDÉIA DESTAS CIVILIZAÇÕES FOI QUE A VIRTUDE ERA O MEIO DE CHEGAR A SEUS DEUSES, TANTOS OS GREGOS QUANTO OS ROMANOS, REFERIAM-SE A MESMA COISA QUANDO FALAVAM DE ÉTICA E MORAL. TRATAVA-SE DE HARMONIZAR O HOMEM, DE AJUDÁ-LO PARA QUE NELE BROTASSE FONTE DE JUSTIÇA E DE BEM QUE LHE PERMITIRIAM BEBER DAS ÁGUAS DA DIVINDADE.
ASSIM, POIS, SE A IDÉIA DESTAS CIVILIZAÇÕES FOI QUE A VIRTUDE ERA O MEIO DE CHEGAR A SEUS DEUSES, TANTOS OS GREGOS QUANTO OS ROMANOS, REFERIAM-SE A MESMA COISA QUANDO FALAVAM DE ÉTICA E MORAL. TRATAVA-SE DE HARMONIZAR O HOMEM, DE AJUDÁ-LO PARA QUE NELE BROTASSE FONTE DE JUSTIÇA E DE BEM QUE LHE PERMITIRIAM BEBER DAS ÁGUAS DA DIVINDADE.
ética
ética reveste de um certo verniz filosófico, enquanto que a Moral se reduz a uma série de normas que nos servem para melhor conviver em nossa vida diária.
Seria interessante analisar a origem do divórcio entre dois conceitos, ética e moral, que por nascimento são irmãos gêmeos, ética vem do grego ethos, e moral vem do latim mores e tanto ethos como mores significa " costumes", na Antiguidade jamais se concebeu um sistema de costumes separado de um sistema filosófico; ao contrário, toda filosofia tinha como meta a sua aplicação direta e nenhum pensador vangloriava-se em falar e atuar de forma diferente. Ética e Moral, ou antes, a teoria e a prática, eram dois atalhos de um mesmo caminho, para empregarmos as palavras do Bhagavad- Gita.
Seria interessante analisar a origem do divórcio entre dois conceitos, ética e moral, que por nascimento são irmãos gêmeos, ética vem do grego ethos, e moral vem do latim mores e tanto ethos como mores significa " costumes", na Antiguidade jamais se concebeu um sistema de costumes separado de um sistema filosófico; ao contrário, toda filosofia tinha como meta a sua aplicação direta e nenhum pensador vangloriava-se em falar e atuar de forma diferente. Ética e Moral, ou antes, a teoria e a prática, eram dois atalhos de um mesmo caminho, para empregarmos as palavras do Bhagavad- Gita.
Introdução à ética
Ética é a parte da filosofia que trata das obrigações do homem; Moral é a ciência dos costumes. De modo que à primeira vista podemos observar que, em geral, o conceito de ètica
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